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AMOR DE VERÃO - Capítulo 03



CENA 01: COMPANHIA DE TEATRO. ESCRITÓRIO DE VICENTE. INTERIOR. DIA


TRILHA SONORA: Instrumental (até o final desta cena)


Continuação imediata do capítulo anterior. Vicente está perplexo, tentando processar o que Rose acabou de falar.


VICENTE – Como assim se afastar da companhia, Rose? Que ideia maluca é essa? De onde surgiu isso? Do nada?

ROSE – Eu tenho meus motivos, Vicente.

VICENTE – Motivos?! Que motivos? Me diz.

ROSE – Se acalma, por favor. Não é o fim do mundo.

VICENTE – Não é o fim do mundo, mas é o fim desta companhia. Isso aqui não é nada sem você. 

ROSE – Não exagera também. A alma desse lugar é você. 

VICENTE – Isso aqui não se resume somente à mim, Rose. Me fala o que está acontecendo, eu sou seu amigo, estou aqui pra te ouvir.

ROSE – Vicente, eu te suplico, não me pede pra explicar nada. Eu já tomei minha decisão e ponto final.


Rose dá as costas para ele e deixa o escritório. Vicente não consegue compreender.


CENA 02: COMPANHIA DE TEATRO. SALÃO. INTERIOR. DIA

No salão da companhia, Bárbara, Henrique e Marina estão ensaiando uma cena de uma peça. André entra pela porta e Mariana percebe sua presença.


MARINA – Ah, ele chegou! Vou ver se ele precisa de ajuda. 

BÁRBARA – Mas, Marina, estamos terminando de passar o roteiro. 

MARINA – Passem vocês dois. Ele é novo e precisa de uma ajuda.

Marina se aproxima de André.


MARINA – Oi, conseguiu entrar para a companhia? 

ANDRÉ – Sim, me deram um papel numa peça chamada "O Jardim sem Flores". 

MARINA – Ah, que legal! Eu também estou nela. Se quiser, eu posso te ajudar. 

ANDRÉ – Nossa, eu vou adorar. Não tenho ninguém para me orientar. 

MARINA – Você ficou com qual papel? 

ANDRÉ – Ah, Sir Arthur. Par romântico de Lady Anne. 

MARINA – Nossa, que curioso! Eu sou a Lady Anne. Podemos ensaiar nossas cenas? 

ANDRÉ – Claro. Vou lá dentro pegar meu roteiro e a gente já ensaia.


André caminha até os armários enquanto Marina volta para perto de Bárbara e Henrique.


MARINA – Adivinhem com quem André vai fazer par romântico na peça? 

HENRIQUE – (Bravo) O quê? Eu vou exigir agora para o Vicente trocar meu papel. 

BÁRBARA – Não dá, Henrique. A personagem dela exige um par da idade dela, você é alguns anos mais novo. 

HENRIQUE – Então, vocês duas troquem de papel, ué. 

BÁRBARA – Agora deu, eu não vou trocar meu papel só porque você quer.


André volta dos armários.


ANDRÉ – Marina, vem! 

MARINA – Tenho que ir, vou ensaiar com ele.


Marina caminha até André.


HENRIQUE – Eu não vou deixar minha namorada ter uma cena romântica com esse cara. 

BÁRBARA – Também não acho isso legal, mas não é assim que a banda toca.


CENA 03: APARTAMENTO DE ILANA. SALA. INTERIOR. DIA

Ilana abre a porta do apartamento e Paula adentra à residência. As duas se abraçam. 


PAULA – Como você está, minha amiga?

ILANA – Péssima. 

PAULA – Ai, meu Deus.


Ambas dirigem-se até o sofá, onde se sentam.


ILANA – Você aceita um cafézinho? Uma água?

PAULA – Tô bem, amiga. Me fala o que você tem pra falar. Por que você tá péssima? Não vai me dizer que é o Fernando de novo…

ILANA – O próprio. Paula, eu não sei te explicar, mas parece que a cada dia que passa as coisas só vão piorando. O Fernando está cada vez mais distante, mais frio, mais grosseiro… Eu queria entender o que tá acontecendo, mas eu não encontro resposta. Sabe que ontem eu até segui o carro dele? Agora toda noite é uma reunião, você não acha que é motivo de desconfiança?

PAULA – Certamente.

ILANA – Bem, eu tentei seguí-lo, né? Parei em um sinal e ele seguiu, perdi de vista. O caminho que ele estava fazendo era o caminho da empresa, mas sei lá, nunca se sabe.

PAULA – Me desculpa a indiscrição, amiga, mas e na cama? Ele está colocando o serviço em dia?

ILANA – Sexo?! (Ri) Eu nem sei mais o que é isso. Não sei nem mais o que é me sentir desejada. O Fernando só deita comigo pra dormir e nada mais. Ele não me toca, não me faz um carinho, não me chama de amor. Às vezes eu até acho que a culpa é minha. Envelheci e não me cuido mais como antes. Volto no tempo e penso que há dez anos atrás, era um dia sim, um dia não. Hoje é um dia sim, três meses não. Só que eu faço o possível, sabe?! Até mesmo o impossível. Mas ele não valoriza isso…

PAULA – (murmurando) Engraçado que comigo é totalmente diferente…

ILANA – Como? Não ouvi.

PAULA – (voltando a si) O quê?

ILANA – O que você falou? Eu não ouvi.

PAULA – Eu?! Ah, nada. Não falei nada.


Ilana assente e volta a se queixar normalmente. Paula, com todo seu cinismo, continua acompanhando as confissões da mulher e fingindo se importar.


CENA 04: CASA ROSADA. ESCRITÓRIO DE HELENA. INTERIOR. DIA

Helena está em sua sala, usando o computador da empresa, quando Gabriela bate na porta.


HELENA Pode entrar. 

GABRIELA – (Entrando) Não foi para a recepção hoje, achei estranho. 

HELENA – Você sabe que eu adoro ir para lá, mas tenho várias coisas para resolver. Além disso, eu pago a funcionária para ficar lá. 

GABRIELA – Tá, eu não vim falar disso. Eu vim falar das modelos que foram aprovadas neste mês. 

HELENA – Você veio falar das modelos aprovadas neste mês ou veio falar da Jessica? 

GABRIELA – Principalmente dela, Helena. Ela, em tão pouco tempo, já está com um desempenho melhor do que todas as outras. 

HELENA – Acho que até para ela já está claro o seu interesse por ela. Vai além do profissional. 

GABRIELA – Não, mas... 

HELENA – (interrompendo) Não sei se você sabe, mas ela anda aqui na empresa de um lado para o outro com aquele namorado dela, aliás, fala pra ela que não é muito legal ficar trazendo ele pra cá.

GABRIELA – Sim, eu vi. Mas ele não me parece ser gente boa. 

HELENA – Você quem sabe. Tá com o relatório das modelos aí? 

GABRIELA – Sim, aqui está. (entrega os papéis nas mãos de Helena) 

HELENA – Ana disse que eu deveria ter esses arquivos digitalizados, mas eu acho uma perda de tempo, sabe?


Gabriela concorda com um gesto feito com a cabeça, mas sem prestar muita atenção no que Helena havia dito. A expressão de Gabriela mostra preocupação.


CENA 05: COBERTURA DE HELENA. SALA/SUÍTE PRINCIPAL. INTERIOR. DIA

Ana está prestes a sair de casa, quando recebe uma ligação de Helena e atende.


ANA – Oi, mãe. (P) É, eu fui dormir tarde, acabei me atrasando. (P) A pasta dos ensaios? Que ensaios? 2022.2? (P) Onde estão? No seu quarto? (P) Tá certo, vou pegar. Beijo.


Corte rápido p/ suíte:


Ana chega na suíte e vai na direção das gavetas do armário de Helena. Ela começa a vasculhar e encontra a pasta que procurava. Ao retirá-la, percebe que embaixo havia algumas cartas.


ANA – Que cartas são essas?


Não resistindo à curiosidade, a jovem mulher pega as cartas e vai até a cama, onde senta e começa a abrir.


ANA – São da minha mãe… Parecem cartas de amor. 


Ana percebe que as cartas foram enviadas para alguém, mas que voltaram sem resposta.


ANA – Será que ela mandou essas cartas para o grande amor da vida dela que ela havia me falado?! Meu Deus.


Ela respira fundo e resolve colocar as cartas de volta no lugar. 


ANA – Melhor não mexer muito nisso.


CENA 06: APARTAMENTO DE RENATA. SALA. INTERIOR. DIA

Jéssica está terminando a maquiagem quando Caio chega no apartamento, adentrando a sala sem nem bater na porta.


CAIO – Tá pronta? Vim te buscar.

JÉSSICA – Eu posso ir sozinha, não precisa se incomodar. 

CAIO – Não seja ridícula! Claro que vou junto. Não vou confiar naquela fotógrafa.

RENATA – Jéssica, por favor, pare de se desentender com o seu namorado. Ele está tentando ser atencioso. Tente entender o lado dele.


Jéssica olha para Renata, claramente desconfortável com a situação, mas decide ceder para evitar uma discussão desnecessária.


JÉSSICA – Ai, tá, como você quiser. 

CAIO – Se você ia sozinha essa maquiagem toda era pra quem? Pra Gabriela?

JÉSSICA – Que? Você tá delirando, eu me maquio pra mim, pra me sentir bonita, não pros outros.

CAIO – Hum, entendi…


Caio sorri sarcasticamente, uma atmosfera de tensão paira no ar.


CENA 07: COMPANHIA DE TEATRO. ESCRITÓRIO DE VICENTE. INTERIOR. DIA

Vicente está atordoado, andando em círculos pelo escritório e com as mãos na cabeça. Daniel bate na porta e entra na sala.


DANIEL – Vicente, alguns alunos estão com algumas pendências…/


Daniel nota o perceptível estado de Vicente.


DANIEL – Você está bem, Vicente?

VICENTE – Definitivamente não. 

DANIEL – O que houve? Você quer uma água? Parece muito nervoso. 

VICENTE – A minha melhor amiga, melhor professora, melhor atriz, acabou de pedir demissão. Do nada. Repentinamente.

DANIEL – Como assim do nada? Quem é essa mulher?

VICENTE – Rose Martins. Um grande nome do teatro. Já ouviu falar?


Daniel entra em transe.


CORTE:



CORTE:


CENA 08: COMPANHIA DE TEATRO. ESCRITÓRIO DE VICENTE. INTERIOR. DIA

Continuação imediata da cena anterior. CAM foca na expressão em choque de Daniel.


DANIEL – Rose… Rose Martins. É claro que eu já ouvi falar.

VICENTE – Eu não sei o que fazer agora, Daniel. Ela parecia muito decidida.

DANIEL – Você me disse que é o melhor amigo dela, não é?

VICENTE – Sou. Eu sou a única pessoa com quem a Rose se abre, eu sou o confidente dela e ela a minha. Só que dessa vez ela não me disse nada, não me explicou sequer alguma coisa, apenas foi embora.

DANIEL – Acho que você deve ir atrás dela. Tenta conversar e entender o que está acontecendo. Quem sabe até convencer ela a voltar?!

VICENTE – Será?

DANIEL – Acredito que é o melhor a se fazer.

VICENTE – Vou considerar esse seu conselho. Obrigado.

DANIEL – De nada.

VICENTE – Desculpa por esse pequeno desabafo. Me fala o que você veio falar.

DANIEL – Ah, sim…


Tentando disfarçar a apreensão após descobrir sobre o pedido de demissão de Rose, Daniel volta a falar sobre o que levou ele ao escritório de Vicente.


CENA 09: COMPANHIA DE TEATRO. LANCHONETE. INTERIOR. DIA

Marina e André estão conversando animadamente sobre a peça e trocando ideias sobre a personagem que interpretam.


ANDRÉ – Sabe, Marina, acho incrível a reencarnação nessa peça. É um tema muito fora do comum e desafiador.

MARINA – Concordo, André. A forma como nossos personagens se encontram em diferentes vidas e mostram seu amor é realmente emocionante. 


Nesse momento, Henrique entra na lanchonete, visivelmente irritado ao ver a proximidade entre Marina e André.


HENRIQUE – (irritado) Marina, precisamos conversar.


André percebe a tensão no ar e decide sair.


ANDRÉ – Bom, acho que já vou indo. Tenho alguns assuntos para resolver. Nos vemos amanhã no ensaio, Marina?

MARINA – (sorri) Com certeza, até amanhã, André.


André se levanta e sai da sala, deixando Henrique e Marina a sós.


HENRIQUE – Você viu como você estava se aproximando tanto do André durante o ensaio? É como se você estivesse se esquecendo de tudo, inclusive de nós!

MARINA – Henrique, nós somos namorados, não tem motivo para você ficar com ciúmes. É apenas uma peça, nada mais.

HENRIQUE – Não é apenas isso! Você sabe que eu pedi para você trocar de papel, para não precisar fazer par romântico com ele, mas você recusou! E agora vejo vocês se aproximando cada vez mais.

MARINA – (irritada) Henrique, isso é parte do trabalho. Eu confio em você e esperava o mesmo de você.

HENRIQUE – Eu vi você sorrindo para ele. Está claro que tem algo acontecendo entre vocês!

MARINA – Henrique, você está exagerando. Eu só estava sendo gentil, ele é novo aqui e nós precisamos tratar todo mundo bem, se não o trabalho não vai pra frente. Não tem motivo para ciúmes, ou esqueceu que você faz par com a Bárbara na peça?

HENRIQUE – Mas…

MARINA – (Interrompendo) Não tem mais nem menos, não existe nada entre mim e o André além de profissionalismo.


CENA 10: PRAIA DO LEBLON. EXTERIOR. DIA

Helena caminha pela orla. O vento bagunça seus fios de cabelo, mas ela não dá importância. Seu pensamento está distante, ela apenas anda sem rumo. Ao avistar um quiosque, a mulher cai em si e resolve parar no local, aproximando-se do vendedor.


HELENA – Uma água de coco por favor.

VENDEDOR – Natural ou gelada?

HELENA – Bem gelada.

VENDEDOR – Certo.


O homem vai até o freezer e retira um coco de dentro, partindo a superfície do casco e levando para Helena.


HELENA – Obrigada.


TRILHA SONORA: Instrumental (até o final desta cena)


A mulher pega um canudo, retira o plástico e insere no coco, começando a beber. Ela vai saindo do quiosque para seguir a caminhada, quando um homem cruza com ela e o perfil chama a atenção. Helena tenta seguir caminhando mas não resiste e olha para trás com estranheza, o homem agora está de costas.


HELENA – (falando para si) Eu viajei no tempo agora. Esse homem… me lembrou tanto o Celso.


Helena respira fundo e tenta voltar para si, seguindo seu caminho e ignorando o acontecido. Corta p/ quiosque.


HOMEM – Não tem ninguém pra me atender aqui não?


O vendedor, que estava de costas para a rua, vira-se e surpreende positivamente ao ver quem é.


VENDEDOR – Celso! Que bom ver você por aqui.


O homem que Helena acreditava ser Celso (Fábio Assunção), realmente é ele. Close no belo sorriso de Celso.


CENA 11: CASA DE ROSE. SALA/SUÍTE. INTERIOR. DIA


TRILHA SONORA: Se Essa Rua Fosse Minha - Ana Carolina (até o final desta cena)


A porta da residência é aberta. Rose coloca suas chaves sob uma mesa de centro e vai adentrando em passos lentos. Em uma rápida transição, ela chega em seu quarto e começa a retirar seus brincos, desamarrar o cabelo e retirar a maquiagem. Numa nova sequência, completamente despida, entra na ducha e suas lágrimas misturam-se com a água do chuveiro. Logo após, ela retorna para o quarto enrolada em um roupão e com os cabelos escorridos. Senta-se na cama e abre a gaveta de sua mesa de cabeceira, retirando algumas fotos de dentro. Ela começa a olhá-las e tem recordações do passado, de quando morava no interior com Daniel e André. Sentindo-se mal, ela devolve as fotos para a gaveta. CAM foca em seu rosto abatido.


ROSE – Será que todas as decisões que eu fiz na minha vida, até agora, foram realmente certas?


CENA 12: CASA ROSADA. ESTÚDIO FOTOGRÁFICO. INTERIOR. DIA

Enquanto Gabriela tira fotos de Jéssica, Caio está usando o celular.


CAIO – Vou no banheiro, volto já.


Caio sai do estúdio e Gabriela para as fotos.


JÉSSICA – Ué, o que foi? Não ficaram boas?

GABRIELA – Não é isso… Nós precisamos conversar sobre o seu namorado. Ele não pode continuar vindo aqui na agência.

JÉSSICA – Como assim, Gabriela? Ele só vem me acompanhar, não causa nenhum problema.

GABRIELA – Eu entendo que ele queira te apoiar, mas a presença dele aqui tem gerado desconforto, você já deve ter percebido, é quase nula a presença de homens aqui. Não é legal para o ambiente profissional.

JÉSSICA – Mas ele nunca causou nenhum problema, Gabriela. Ele só quer ficar por perto.

GABRIELA – Eu entendo, Jéssica, mas precisamos manter o ambiente profissional e evitar algumas coisas. 

JÉSSICA – Não, tudo bem, eu vou falar com ele.

GABRIELA – Obrigada por entender. Vamos continuar?


CENA 13: COBERTURA DE HELENA. SUÍTE PRINCIPAL. INTERIOR. NOITE

CAM mostra o céu estrelado, anoitecido, e aos poucos vai entrando pela janela do quarto de Helena. A protagonista mexe em seu armário e encontra, em meio às suas roupas, a carta que escreveu para Vicente. Ela pega e segura em suas mãos, encarando o papel.


HELENA – Quando será que eu vou tomar coragem de entregar isso?


CENA 14: COBERTURA DE HELENA. SALA. INTERIOR. NOITE

Ana desce as escadas da cobertura, está deslumbrante em um belo vestido tubinho preto, carregando sua brilhosa carteira. Vicente vem do corredor e os dois acabam se encontrando.


ANA – Pai, tô saindo, viu?!

VICENTE – Você está linda, minha filha. Para onde vai?

ANA – Pra festa da Renee Ventura.

VICENTE – Vai ser na casa dela?

ANA – Sim.

VICENTE – Eu vou passar próximo, quer que eu te dê uma carona?

ANA – Ótimo! Já economizo no uber.

VICENTE – Então vamos?

ANA – Vamos.


Os dois se direcionam a porta do apartamento e deixam a residência juntos.


CENA 15: HOTEL. RESTAURANTE. INTERIOR. NOITE

André e Daniel chegam ao restaurante do hotel para jantar. Em um novo take, os dois estão sentados frente a frente em uma mesa, já com seus pratos servidos.


DANIEL – Como foi o dia hoje na companhia?

ANDRÉ – Muito bom. Estou me adaptando muito bem.

DANIEL – Que bom, meu filho.

ANDRÉ – E pro senhor? Como foi o dia?

DANIEL – Bom também…

ANDRÉ – Não senti muita confiança. 

DANIEL – É que eu fiquei sabendo de algumas coisas que aconteceram recentemente.

ANDRÉ – Que coisas?

DANIEL – Parece que a Rose pediu afastamento da companhia, meu filho.

ANDRÉ – (em choque) O QUÊ?! Como assim?

DANIEL – O Vicente não me explicou direito, até porque ela nem disse as motivações dela pra ele.

ANDRÉ – Será que isso tem alguma coisa a ver com a nossa chegada?

DANIEL – Eu temo que sim, André.


André fica arrasado com a informação. Ele se escora na cadeira e fica pensativo diante disso.


CENA 16: APARTAMENTO DE ILANA. INTERIOR. NOITE

Ilana anda em círculos pelo apartamento, rói suas unhas e a mente está a mil, claramente tendo uma crise de ansiedade. Ao chegar na porta, ela é aberta por Fernando, que acabara de chegar em casa.


ILANA – Fernando! Que bom que você chegou, nós precisamos conversar.

FERNANDO – Ainda bem que você já está aqui.


Fernando abre sua maleta e retira uns papéis de dentro, entregando na mão dela.


ILANA – O que é isso aqui?

FERNANDO – O nosso contrato de casamento. Para você ler bem e não ficar com nenhuma dúvida quanto aos seus direitos.

ILANA – O quê? Como assim? Do que você tá falando? Por que tá me entregando isso?

FERNANDO – Eu vou entrar com o pedido de divórcio, Ilana.


TRILHA SONORA: Instrumental


Ilana é pega de surpresa e seus olhos arregalam. Fernando está seguro de si. Closes alternados entre os dois e final em Ilana perplexa.


CORTE:




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