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AMOR DE VERÃO - Capítulo 19

 



CENA 01: COBERTURA DE HELENA. INTERIOR. DIA

Continuação imediata do capítulo anterior. Helena, no início da escada, Ana, na entrada do apartamento. Ambas se encaram. 


ANA – A gente pode conversar?

HELENA – Conversar sobre o quê?

ANA – Eu preciso te explicar o que aconteceu, mãe. Não quero que se crie um clima ruim entre nós duas.

HELENA – Esse "clima ruim" já foi criado, Ana. E você não precisa me explicar nada, porque tudo o que eu vi ontem foi autoexplicativo.

ANA – Mãe, eu não sabia quem ele era quando o conheci. A gente foi se envolvendo, nossa relação se intensificando e aí…

HELENA – Aí você descobriu quem ele realmente era, qual era o significado dele na minha vida. E, mesmo assim, continuou se relacionando com ele, o que torna tudo pior.

ANA – Como é que eu ia te contar uma coisa dessas?

HELENA – Contando, Ana! Como você sempre me contou tudo. Naquela hora em que eu te mostrei a foto, você já devia ter me falado. A gente ia conversar, esclarecer as coisas e depois ver o que fazia com toda essa situação. Seria muito melhor e mais fácil de lidar! O que tá me doendo não é o fato de você ter se relacionado com ele, mas sim a sua traição. Porque até um certo momento, você desconhecia que o homem que eu tanto te falava, era o Celso. Mas depois, você sabia e meu Deus… Eu fui uma tola! Como eu não percebi? Depois que eu te mostrei aquela bendita foto, tudo mudou entre a gente. Você mudou. Estava mais distante, mais contida, não me falava mais nada sobre o seu "namoro" e me evitava quando eu ia falar sobre o Celso… Por que você fez isso com a gente, Ana?

ANA – Naquela hora em que você me mostrou a foto, eu fiquei completamente sem reação, mãe. Sem saber o que fazer, que atitude tomar… Eu até tentei terminar com ele, mas eu tô apaixonada, mãe!

HELENA – Ah, tá, entendi. Por estar apaixonada, você desconsidera TODOS os meus sentimentos?! Você sabia muito bem que eu amava o Celso! Não só amava, como ainda amo. Que ele foi e sempre será o amor da minha vida!

ANA – A culpa não é minha se você não consegue se desprender do passado! A culpa não é minha se você idealiza um Celso que não existe mais. Um Celso que ficou no passado, há trinta anos atrás!

HELENA – Mesmo que eu não sentisse mais nada por ele, você deveria ainda sim me respeitar, Ana. Ter me falado de qualquer maneira. E será mesmo que ele não é mais o mesmo? Porque considerando o que você me falou das atitudes dele contigo, ele agia da mesma maneira comigo. E continua com a mesma personalidade de trinta anos atrás. Talvez, ele só tenha olhado para você, porque você lembrava muito a mim.

ANA – Eu posso lembrar a você fisicamente, mãe, mas de personalidade, eu sou o oposto. Eu nunca passaria trinta anos amando alguém que nem da minha existência lembrava!

HELENA – Será que não, Ana? Como você pode afirmar com tanta certeza? Você ainda nem sabe o que é amar, tem muita coisa pra viver ainda!

ANA – Quem é você pra dizer se eu sei amar ou não? Você por acaso sabe? (P) O Celso se apaixonou por mim por eu ser bonita, inteligente, decidida, forte, mente aberta/

HELENA – Exatamente como eu era! Será que você não percebe que é a minha cópia? Ou acha que é tão original assim? 

ANA – Acontece que a Helena de trinta anos atrás envelheceu, não é mais tão atrativa quanto antes. Não tem mais o mesmo vigor, nem o charme que encantou o Celso. Já eu, tenho. E isso é o que me diferencia de você. 

HELENA – (incrédula) Não, Ana. Não é isso que me diferencia de você. (P) O que me diferencia de você, é o fato de que eu jamais agiria, nem trataria a minha mãe, da mesma forma que você está fazendo comigo. (P) E saiba, Ana, que você também vai envelhecer. Não vai ficar jovem para sempre. E um dia, você ainda vai sentir o peso que comentários como esse, que você fez agora, têm numa mulher. (P) Ah, não sei se você sabe, mas eu reencontrei o Celso há um tempo e nossa… A maneira que ele me olhou, foi a mesma que ele me olhava há trinta anos atrás. Um olhar intenso, único. E eu tenho certeza que ele nunca olhou para você assim.

ANA – Chega! Eu não vou ficar ouvindo esses absurdos. Eu vou embora dessa casa!

HELENA – E você vai pra onde? Pra debaixo da ponte?

ANA – Vou pro flat do meu pai! Tenho certeza que ele vai me acolher.

HELENA – Isso! Vai embora e foge do problema. Corre pros braços do teu pai, conta a tua historinha, dá uma chorada e vê se ele sente pena. Me demoniza, transforma-me logo na vilã! Ah, e leve tudo seu, não deixe nem uma tarracha de brinco. Porque o que sobrar, eu toco fogo!


Ana encara Helena com ódio e sobe as escadas com pressa. Helena, mesmo abalada, tenta se manter firme.


CENA 02: CONSULTÓRIO MÉDICO. INTERIOR. DIA


(Música de fundo: Instrumental - Triste Profundo)


Miriam está incrédula diante do resultado de seu diagnóstico. Paula tenta segurar o choro, sabendo que terá de confortar a filha.


MIRIAM – Só pode ter algo de errado, doutor. Não… Eu não posso tá com câncer… Não posso… NÃO POSSO!


Miriam começa a ter uma crise de choro e dá um grito ensurdecedor. Ela levanta de sua cadeira e sai correndo do consultório, Paula vai atrás dela. Corta para Miriam correndo pelo corredor, Paula a alcança e abraça a filha.


PAULA – (chorando) Calma, minha filha, calma! Vai ficar tudo bem, eu estou com você!

MIRIAM – Eu não quero morrer, mãe! Não quero!

PAULA – Você não vai morrer! Você vai fazer o tratamento e tudo vai ficar bem!

MIRIAM – Eu não mereço passar por isso, mãe… Eu tô com medo!

PAULA – Me escuta, Miriam. A sua mãe tá aqui! E nós vamos passar por isso juntas!


Miriam desaba em choro no ombro de Paula, que a abraça com firmeza e tenta lhe confortar. (Instrumental encerra)


CENA 03: APARTAMENTO DE RENATA. SALA. INTERIOR. DIA

Jéssica entra em casa visivelmente abalada, com os olhos marejados. Renata, sua mãe, percebe o estado da filha e se preocupa.


RENATA – Jéssica, o que aconteceu? Por que você está assim?

JÉSSICA – Você realmente se importa, mãe?

RENATA – Claro que sim, eu quero te ajudar, confia em mim.


Jéssica respira fundo.


JÉSSICA – Eu perdi Gabriela de vez. Ela recebeu alta do hospital, foi para casa e eu não tenho o endereço dela.

RENATA – Eu entendi o quanto Gabriela significa para você…

JÉSSICA – Entendeu? Você fez de tudo para impedir!

RENATA – Eu sei que errei, filha, eu queria me desculpar.


Jéssica olha para Renata com raiva.


JÉSSICA – Mesmo que você tente, nunca vai mudar de verdade.


Jéssica vai para o quarto. Renata fica ali parada, olhando em direção a filha, preocupada.


CENA 04: COMPANHIA DE TEATRO. LANCHONETE. INTERIOR. DIA

Marina está sentada na lanchonete com seus amigos, Bárbara e André. Ela parece mais calma do que estava.


MARINA – Eu ainda estou realmente pensando sobre o que fazer em relação ao Henrique. Por um lado, eu sinto que deveria denunciá-lo, mas eu tenho tanto medo do que ele pode fazer se descobrir.

ANDRÉ – Marina, você não está sozinha nessa. Eu e a Bárbara estaremos ao seu lado em cada passo. Ele não vai te machucar, nós não vamos deixar.

BÁRBARA – Não podemos deixar o medo nos controlar. O que o Henrique fez foi terrível, e ele precisa enfrentar as consequências. Você não pode permitir que ele continue impune, colocando em risco outras pessoas.

MARINA – Eu sei... é só que é tudo tão... E se ele fizer algo contra mim antes que a justiça faça alguma coisa?

BÁRBARA – Seus amigos e sua família estão aqui com você. Vamos fazer tudo ao nosso alcance para te deixar segura.

MARINA – Obrigada, gente. Eu não sei o que faria sem vocês ao meu lado. Sei que isso é a coisa certa a fazer, mas ainda estou com medo...

ANDRÉ – É normal ter medo, Marina, mas não deixe que isso te impeça de buscar justiça. Estamos aqui para te apoiar, não importa o que aconteça.


Marina olha para os seus amigos e dá um leve sorriso.


CENA 05: APARTAMENTO DE ILANA. SUÍTE. INTERIOR. DIA

Ilana está deitada em sua cama, inquieta e sem conseguir tirar Vicente de seu pensamento.


(Música de fundo: Futuros Amantes - Chico Buarque)


FLASHBACK ON


VICENTE – A gente pode passar uma borracha nessa situação, Ilana. Fingir que nunca aconteceu. Pronto. Esse beijo nunca aconteceu!

ILANA – (chorosa) Esse não é o problema, Vicente…

VICENTE – Então qual é?

ILANA – É que eu não sei se vou conseguir resistir a você. 


Vicente surpreende-se. Os rostos dos dois vão se aproximando e, em um impulso, Vicente beija Ilana novamente.


FLASHBACK OFF


ILANA – O Vicente é ex-marido da Helena… Eu tenho que tirar esse homem da minha cabeça! (P) Mas será que eu consigo?


Ilana pega um travesseiro, coloca em sua face e começa a gritar, sem saber que atitude tomar. (Música encerra)


ABERTURA:



CORTE:


CENA 06: COMPANHIA DE TEATRO. ESCRITÓRIO DE VICENTE. INTERIOR. DIA

Vicente está concentrado na produção de um roteiro. A porta do escritório é aberta e chama sua atenção. Ao olhar para a entrada, surpreende-se ao ver Ana, que está carregando duas malas consigo. CAM foca no olhar de Ana, cheio de lágrimas. 


VICENTE – Filha! O que foi que aconteceu?

ANA – Eu tive uma briga horrível com a mamãe, pai.

VICENTE – Como assim? Por que vocês brigaram?

ANA – Só me dá um abraço, pai.

VICENTE – Vem cá, meu amor.


Vicente vai ao encontro de Ana e abraça a filha, que começa a chorar em seus braços. 


ANA – Eu posso ficar na sua casa?

VICENTE – É claro que pode. O flat é pequeno, mas cabe nós dois. Só depois me explique o que aconteceu. (P) Você sabe que sempre pode contar comigo.


CENA 07: RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. NOITE


(Música de fundo: Devolva-me - Adriana Calcanhotto)


Anoitece na trama. Visualizamos a orla da cidade maravilhosa, completamente iluminada, sem muitas pessoas. Corte para a fachada da Mansão de Paula.


CENA 08: MANSÃO DE PAULA. SALA DE JANTAR. INTERIOR. NOITE

Paula e Miriam estão sentadas ao redor da mesa. O jantar é servido e Paula começa a colocar a própria refeição, Miriam apenas olha. (Música encerra)


PAULA – Não vai comer, filha?

MIRIAM – Eu tô sem apetite…

PAULA – Mesmo sem apetite, você precisa tentar comer algo. Faz dias que eu não vejo você se alimentar direito.

MIRIAM – Eu até tento, mãe, mas a comida não entra.

PAULA – Precisamos encontrar uma solução para isso. Amanhã cedo, eu vou à farmácia comprar as vitaminas que o médico receitou.


Miriam assente. Paula começa a comer. Fernando chega em casa após um dia de trabalho e vai na direção da sala de jantar.


FERNANDO – Boa noite, família. Que bom que o jantar já está servido, estou com uma fome…

PAULA – Boa noite.

MIRIAM – (silêncio)

FERNANDO – Não vai me dar boa noite, Miriam? Que é que você tem, hein? Está parecendo uma morta-viva!


Ao ouvir aquelas palavras, Miriam começa a ter uma crise de choro instantânea, levanta da mesa e vai correndo para o quarto. Fernando fica confuso. Paula, furiosa, bate na mesa.


PAULA – Poxa, Fernando! Você tinha que falar isso?

FERNANDO – Que é que foi agora, Paula? Essa menina ficou toda estranha de uma hora pra outra, eu já não entendo mais nada.

PAULA – Saiu o diagnóstico da Miriam, Fernando! Ela tá com câncer!


Fernando fica impactado com a notícia. Paula sai correndo atrás da filha.


CENA 09: APARTAMENTO DE MARINA. QUARTO. INTERIOR. NOITE

Marina está dormindo em sua cama, agitada e suando. A câmera dá um close em seu rosto e ela abre os olhos, revelando estar em um cenário sombrio. É noite, e a lua de sangue está encoberta por nuvens escuras. Ela está sozinha em um caminho de terra mal iluminado e cercado por florestas.


MARINA – O que é isso?


(Música de fundo: Instrumental - Tenso)


Henrique aparece das sombras com um taco de beisebol em suas mãos.


HENRIQUE – (Com um sorriso) Olá, Marina. Sentiu saudades minhas?

MARINA – (Voz trêmula) Henrique, por favor, me deixa em paz! Eu não quero mais nada com você.

HENRIQUE – (Ri) Ah, querida, não é assim que as coisas funcionam. Você pertence a mim, lembra? Eu te tenho nas mãos, e sempre terei. Eu posso destruir sua vida em um piscar de olhos.

MARINA – (Gritando) Socorro! Alguém, por favor, me ajude!


Henrique anda em direção a Marina e começa a bater com o taco em sua mão


HENRIQUE – (Sussurrando ao ouvido de Marina) Não adianta pedir socorro, querida. Você está presa a mim, para sempre.


Henrique ergue o taco e golpeia Marina. Ela acorda pulando da cama, suando e com medo. Tremendo, ela alcança o telefone que está na sua cabeceira, disca um número rapidamente e espera ansiosamente pela resposta.


MARINA – (Voz trêmula) Alô? André, é você? Preciso que você venha até minha casa... Agora…


(Instrumental encerra)


CORTE:


Um tempo se passa. Marina está na sala de sua casa, ainda visivelmente nervosa. A campainha toca, e ela vai abrir a porta..


ANDRÉ – Marina, você está bem? O que aconteceu?

MARINA – Eu tive um pesadelo com o Henrique, André. Foi tão real, tão assustador... Eu não aguento mais viver com esse medo.

ANDRÉ – Marina, eu/

MARINA – (corta) Eu quero denunciar o Henrique.

ANDRÉ – Isso é ótimo, é o melhor que você pode fazer. Vamos até a delegacia juntos e você pode contar tudo o que aconteceu.


Marina assente com a cabeça.


CENA 10: CASA DE GABRIELA. QUARTO. INTERIOR. NOITE

Gabriela está em sua casa, tentando ler um livro mas rapidamente o fecha.


GABRIELA – Eu fico o dia inteiro pensando na Jéssica, não consigo nem ler meu livro preferido que eu fico com o nome dela martelando na minha mente. 


Ela balança a cabeça, tentando se afastar dos pensamentos.


GABRIELA – Não posso negar que sinto uma conexão com ela, algo que nunca senti com mais ninguém. Mas tudo que aconteceu comigo está relacionado com ela e eu a conheço há tão pouco tempo. Será que é possível se apaixonar assim tão rápido?


Gabriela suspira.


CENA 11: FLAT DE VICENTE. INTERIOR. NOITE

Ana e Vicente estão tomando, cada um, uma taça de vinho, sentados em uma mesa no canto do flat, que dá visão para o mar.


ANA – E foi isso, pai. Se eu soubesse quem ele era, qual era o significado dele para a minha mãe, desde o começo, eu jamais teria me envolvido com o Celso. 

VICENTE – Minha filha, você não tem que se culpar por isso, não foi culpa sua. Aconteceu e pronto. Agora não dá mais pra voltar atrás. Em nenhum momento você agiu com a intenção de prejudicar a Helena.

ANA – Mas, de qualquer forma, eu errei quando não contei a verdade para ela assim que descobri.

VICENTE – Errou, mas é totalmente compreensível. A Helena tem que entender o seu lado.

ANA – Ai, eu ainda estou me sentindo tão mal. As coisas que dissemos uma para a outra… nem pareciamos mãe e filha, mas, sim, inimigas.

VICENTE – Foi no calor da emoção. Vai passar e vocês irão se resolver, eu tenho certeza. Não é um homem qualquer que vai destruir a relação de vocês. 

ANA – Você conhecia o Celso, pai?

VICENTE – Conhecia. Quando ele ainda namorava a Helena, eu já estava de olho nela, mas ela ainda não tinha olhos para mim. Quer dizer, eu nem sei se ela já teve olhos para mim, afinal, ela nunca foi capaz de esquecê-lo.


Vicente fica abatido. Ana segura nas mãos do pai e eles se encaram. Uma notificação chega no celular de Ana, ela fica encarando o visor por um tempo.


VICENTE – Quem é?

ANA – É uma mensagem do Celso. Ele pediu para me encontrar na praia, mandou a localização… é aqui perto. 

VICENTE – Você vai?

ANA – Não sei. Acha que eu devo?

VICENTE – Acredito que sim, minha filha. Vocês precisam conversar e esclarecer toda essa situação. 

ANA – É. Eu vou. Mas eu volto, viu?

VICENTE – Estarei te esperando.


Ela dá um sorriso amarelo para o pai e levanta-se da mesa, pegando sua bolsa e deixando o flat. Vicente a acompanha pelo olhar, até o fechar da porta.


CENA 12: COBERTURA DE HELENA. INTERIOR. NOITE

Helena está caminhando em direção ao seu quarto. Ela passa em frente ao quarto de Ana, que está com a porta entreaberta. A mulher respira fundo e entra.


(Música de fundo: Instrumental - Dramas de Helena)


Helena caminha pelo quarto e a tristeza em seu rosto é visível, ao ver o mesmo quase vazio, sem a bagunça de sempre e a presença da filha. Ela abre o armário, puxa uma gaveta e retira um álbum de fotos de dentro. Helena senta na cama e começa a olhar fotos de Ana ainda criança, lágrimas escorrem por todo seu rosto. Ela retira uma foto dela ao lado de Ana, em seu aniversário de 10 anos.


HELENA – Que saudade… Eu não estava preparada para ver tudo desmoronar.


(Instrumental encerra)


CENA 13: PRAIA. EXTERIOR. NOITE

Celso está sentado em um banco. Ele vê Ana se aproximar e levanta, ambos ficam frente a frente.


CELSO – Acho que precisamos conversar, não é?

ANA – É…

CELSO – Agora eu entendi porque você não queria me apresentar seus pais.

ANA – Celso, eu ia te contar uma hora ou outra, me desculpa.

CELSO – Tudo bem, Ana. Eu entendo a situação que você se encontrou.

ANA – E então, como a gente fica agora?

CELSO – A gente não fica, Ana.

ANA – Como assim?

CELSO – Não tem como eu continuar me relacionando com você, sabendo que você é filha da Helena. É melhor terminarmos por aqui.


Ana é pega de surpresa. Celso parece certo de sua decisão.


ENCERRAMENTO (ao som de Devolva-me - Adriana Calcanhotto):





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